Por vezes, fico impressionada com a capacidade de algumas mulheres se envolverem sempre com as pessoas erradas, ou com pessoas com poder magoá-las.
Sou deste tipo de mulher - suscetível. Não consigo perceber que alguém pode me ferir, magoar, trazer-me alguma tristeza até que isto aconteça. Talvez seja por cegueira mental, talvez seja porque só quero ver o lado bom das coisas - síndrome de Polyana.
Ou talvez seja porque sempre ajo com respeito para com os outros. Se tenho que dizer não, não dou voltas, não me escondo, as vezes sinto medo, mas tento vencê-lo se penso que vale a pena. Se tenho que dizer sim, também, o grito sai de dentro do peito, não importa que mais tarde possa doer, ou sorrir, mas sempre haverá o lucro de saber que tentei.
Se quiser dizer não, não tema: enrole uma carta numa pedra e jogue pela janela; passe um torpedo; ligue e me deixe ouvir a voz que me diz um não - faça me saber que não é não. Nunca me deixe na angustia de não saber nada.
Se quiser dizer sim, corra para mim, estarei esperando, mas me deixe saber que sim é sim. Não se esconda atrás do silêncio - ele machuca, dói, consome horas de sono, faz você se sentir um nada, sem importância, sem significância.
Mas se mais uma vez não conseguir dizer nada, então saberei que nada sou, que o tempo não foi nada, que palavras foram em vão, e que terei que conviver com mais um vácuo de palavras.
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