A noite cai
Percorro nuvens na calda luminosa
Tateio, busco e encontro
O espaço, vago, profundo, confuso
Do meu desencontro
Penso, repenso, sem resposta
Sem clara luz do entendimento
Sem clara luz da compreensão
Perco-me neste vão momento
Do vago espaço à minha porta
Percorro milhas, atravesso
O universo
Volto ao mesmo ponto
Vago do meu consciente
Viro-me passo reverso
Torno-me indigente
Sem nexo, inverso
Da minha mente
Joguei as letras na parede. Passei tinta por cima. Tentei esconder... Não deu. Por ai estão, a me mostrar, que nem tudo na vida pode passar sem se notar
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Ciúmes
Você diz que sente ciúmes
Ciúmes de voltar pra casa
De voltar pra outra casa
Pra uma casa que não é a tua
Você não sabe o que são ciúmes!
Ciúmes do teu teclado, que você toca todos os dias
Ciúmes do vento, da brisa nos teus cabelos
Ciúmes da tua camisa que recobre o teu corpo
Ciúmes de quem senta ao teu lado
Porque sente o teu cheiro
Ciúmes de quem está a tua frente
Porque sente o calor do teu olhar
Ciúmes do copo de whisky
Que você bebe com avidez
Onde você toca teus lábios ao invés dos meus
Ciúmes da cama
Onde repousa teu corpo
Ao invés de cansar o meu no ato de amar
Ciúmes da água que sacia tua sede
Ciúmes de Orpheu que entorpece tua mente
Ciúmes do tempo que passa
E te faz me esquecer.
Ciúmes de voltar pra casa
De voltar pra outra casa
Pra uma casa que não é a tua
Você não sabe o que são ciúmes!
Ciúmes do teu teclado, que você toca todos os dias
Ciúmes do vento, da brisa nos teus cabelos
Ciúmes da tua camisa que recobre o teu corpo
Ciúmes de quem senta ao teu lado
Porque sente o teu cheiro
Ciúmes de quem está a tua frente
Porque sente o calor do teu olhar
Ciúmes do copo de whisky
Que você bebe com avidez
Onde você toca teus lábios ao invés dos meus
Ciúmes da cama
Onde repousa teu corpo
Ao invés de cansar o meu no ato de amar
Ciúmes da água que sacia tua sede
Ciúmes de Orpheu que entorpece tua mente
Ciúmes do tempo que passa
E te faz me esquecer.
Abraço
Eu quero um abraço Apertado,
colado, suado
Dos braços do meu amado
Sobre as brancas dobras
Dos lençóis desmantelados
Eu quero a sua boca
Colada na minha boca
Num beijo voraz!
Eu quero nosso beijo demorado.
Meu Deus, que falta que faz!
Eu quero, de novo
Viver este amor
Sentir o teu calor
Eu quero, de novo, fugir pras estrelas
Ser amada por inteiro
Sem medo e sem pudor.
colado, suado
Dos braços do meu amado
Sobre as brancas dobras
Dos lençóis desmantelados
Eu quero a sua boca
Colada na minha boca
Num beijo voraz!
Eu quero nosso beijo demorado.
Meu Deus, que falta que faz!
Eu quero, de novo
Viver este amor
Sentir o teu calor
Eu quero, de novo, fugir pras estrelas
Ser amada por inteiro
Sem medo e sem pudor.
domingo, 18 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Atitude
Faça alguma coisa!
Tome uma atitude
saia da inércia
Não vê?
O tempo passa
O outono chegou
Lá se foram "as águas de março encerrando o verão"
O céu ficou azul
Eu senti saudade!
As nuvens chegaram
o frio bateu
a garoa fina varre a cidade
E fico aqui pensando
onde está
quem roubou meu coração?
Tome uma atitude
saia da inércia
Não vê?
O tempo passa
O outono chegou
Lá se foram "as águas de março encerrando o verão"
O céu ficou azul
Eu senti saudade!
As nuvens chegaram
o frio bateu
a garoa fina varre a cidade
E fico aqui pensando
onde está
quem roubou meu coração?
domingo, 28 de março de 2010
A contra-mão do Sim e do Não
Por vezes, fico impressionada com a capacidade de algumas mulheres se envolverem sempre com as pessoas erradas, ou com pessoas com poder magoá-las.
Sou deste tipo de mulher - suscetível. Não consigo perceber que alguém pode me ferir, magoar, trazer-me alguma tristeza até que isto aconteça. Talvez seja por cegueira mental, talvez seja porque só quero ver o lado bom das coisas - síndrome de Polyana.
Ou talvez seja porque sempre ajo com respeito para com os outros. Se tenho que dizer não, não dou voltas, não me escondo, as vezes sinto medo, mas tento vencê-lo se penso que vale a pena. Se tenho que dizer sim, também, o grito sai de dentro do peito, não importa que mais tarde possa doer, ou sorrir, mas sempre haverá o lucro de saber que tentei.
Se quiser dizer não, não tema: enrole uma carta numa pedra e jogue pela janela; passe um torpedo; ligue e me deixe ouvir a voz que me diz um não - faça me saber que não é não. Nunca me deixe na angustia de não saber nada.
Se quiser dizer sim, corra para mim, estarei esperando, mas me deixe saber que sim é sim. Não se esconda atrás do silêncio - ele machuca, dói, consome horas de sono, faz você se sentir um nada, sem importância, sem significância.
Mas se mais uma vez não conseguir dizer nada, então saberei que nada sou, que o tempo não foi nada, que palavras foram em vão, e que terei que conviver com mais um vácuo de palavras.
Sou deste tipo de mulher - suscetível. Não consigo perceber que alguém pode me ferir, magoar, trazer-me alguma tristeza até que isto aconteça. Talvez seja por cegueira mental, talvez seja porque só quero ver o lado bom das coisas - síndrome de Polyana.
Ou talvez seja porque sempre ajo com respeito para com os outros. Se tenho que dizer não, não dou voltas, não me escondo, as vezes sinto medo, mas tento vencê-lo se penso que vale a pena. Se tenho que dizer sim, também, o grito sai de dentro do peito, não importa que mais tarde possa doer, ou sorrir, mas sempre haverá o lucro de saber que tentei.
Se quiser dizer não, não tema: enrole uma carta numa pedra e jogue pela janela; passe um torpedo; ligue e me deixe ouvir a voz que me diz um não - faça me saber que não é não. Nunca me deixe na angustia de não saber nada.
Se quiser dizer sim, corra para mim, estarei esperando, mas me deixe saber que sim é sim. Não se esconda atrás do silêncio - ele machuca, dói, consome horas de sono, faz você se sentir um nada, sem importância, sem significância.
Mas se mais uma vez não conseguir dizer nada, então saberei que nada sou, que o tempo não foi nada, que palavras foram em vão, e que terei que conviver com mais um vácuo de palavras.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Sem entender
Desci escadas
passei por trilhas
vazei lá na frente
então pensei
Este é o momento!
Mas não era
perdi-me por dentro
restou só o pensamento
Uma leve saudade
do momento que não aconteceu!
passei por trilhas
vazei lá na frente
então pensei
Este é o momento!
Mas não era
perdi-me por dentro
restou só o pensamento
Uma leve saudade
do momento que não aconteceu!
quarta-feira, 24 de março de 2010
Assustados
O homem assustado
não vai longe não
fica acuado
se esconde no sotão
amarra o coração
e acredita que pode ser feliz
o homem assustado machuca
o homem com medo perde o sentido
de ver o sol nascer!
não vai longe não
fica acuado
se esconde no sotão
amarra o coração
e acredita que pode ser feliz
o homem assustado machuca
o homem com medo perde o sentido
de ver o sol nascer!
Vontade de ser grande
Pergunto-me as vezes
por quê ser grande traz medo
esconde
escorre pelos dedos
um desejo de ser feliz...
por quê ser grande traz medo
esconde
escorre pelos dedos
um desejo de ser feliz...
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