Sim
Também sei
Sei que na lua crua
Tão nua tão tua
O brilho do prata
Tua face exalta
Mostra-te nu – tão cru
Aos olhos teus
Espelho dos meus
Razão que se perdeu
Senhor de mim!
Pintando Letras
Joguei as letras na parede. Passei tinta por cima. Tentei esconder... Não deu. Por ai estão, a me mostrar, que nem tudo na vida pode passar sem se notar
terça-feira, 10 de abril de 2018
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Fazendo arte
Fazendo Arte
.
.
Brinco com tintas
Brinco com letras
Brinco com a vida
Faço-a mais divertida
Brinco de amar, brinco de sonhar
Invento que vou viver para sempre
Faço você também me amar
Tenho muito o que fazer
Tenho muito a correr
Tenho o mundo para ver
Tenho você para viver
Tenho arte nas veias
Tenho brilho nos olhos
Tenho alegria pra distribuir
Para quem não consegue sorrir
.
.
Brinco com tintas
Brinco com letras
Brinco com a vida
Faço-a mais divertida
Brinco de amar, brinco de sonhar
Invento que vou viver para sempre
Faço você também me amar
Tenho muito o que fazer
Tenho muito a correr
Tenho o mundo para ver
Tenho você para viver
Tenho arte nas veias
Tenho brilho nos olhos
Tenho alegria pra distribuir
Para quem não consegue sorrir
Narciso
O melhor da Vida
Narciso que vê
Qual água corrente
Aquilo que lê
Com olhos da mente
Narciso percorre
Águas e trilhas
Retira tristezas
Grudadas nas quilhas
Narciso que clama
Das cinzas a chama
Narciso que ama
Nas dobras da cama
Narciso que mostra
Dentro do espelho
As pétalas da rosa
Em dias tão feios
No sorriso de Narciso
Há tudo que preciso
Nas vindas e nas idas
Encontro o melhor da vida
Narciso que vê
Qual água corrente
Aquilo que lê
Com olhos da mente
Narciso percorre
Águas e trilhas
Retira tristezas
Grudadas nas quilhas
Narciso que clama
Das cinzas a chama
Narciso que ama
Nas dobras da cama
Narciso que mostra
Dentro do espelho
As pétalas da rosa
Em dias tão feios
No sorriso de Narciso
Há tudo que preciso
Nas vindas e nas idas
Encontro o melhor da vida
terça-feira, 19 de julho de 2011
Desejo
Quisera eu que fôssemos
Natureza
Tu, vento cortante
Eu, montanha concreta
Eternamente
A nos embalar
O vento a chicotear-me as entranhas
Esculpindo molduras
Deixando rastros
Em meus cumes pontiagudos
Tirando, por vezes, pequenos pedaços
No vazio a espalhar
E a montanha,
Impávida
Numa brava resistência
Deixando-te entrar, esculpir, fecundar
E lá dentro ouvir
O teu grito, teu rangido, todo teu alvoroçar
Quisera eu, na eternidade
Em tuas nesgas me embalar
E quando se fizesse noite
Ouvir o teu canto
À montanha galgar, teu riso tosco
Tua violência
Teu eterno ir e vir
Quisera eu,
Ter o vento a esperar
Toda manhã, a tardinha
A noite, quando a lua faz clarão
Sentir o teu sopro
A montanha à castigar
Quisera eu...
Natureza
Tu, vento cortante
Eu, montanha concreta
Eternamente
A nos embalar
O vento a chicotear-me as entranhas
Esculpindo molduras
Deixando rastros
Em meus cumes pontiagudos
Tirando, por vezes, pequenos pedaços
No vazio a espalhar
E a montanha,
Impávida
Numa brava resistência
Deixando-te entrar, esculpir, fecundar
E lá dentro ouvir
O teu grito, teu rangido, todo teu alvoroçar
Quisera eu, na eternidade
Em tuas nesgas me embalar
E quando se fizesse noite
Ouvir o teu canto
À montanha galgar, teu riso tosco
Tua violência
Teu eterno ir e vir
Quisera eu,
Ter o vento a esperar
Toda manhã, a tardinha
A noite, quando a lua faz clarão
Sentir o teu sopro
A montanha à castigar
Quisera eu...
Por Amor
Troco de roupa
troco de carro
troco de casa
troco de cama
Troco a minha pele
o meu dia
a minha noite
Troco meus olhos
meu medo
meu sorriso
Troco até mesmo de nome.
troco de carro
troco de casa
troco de cama
Troco a minha pele
o meu dia
a minha noite
Troco meus olhos
meu medo
meu sorriso
Troco até mesmo de nome.
Carga
Trago para mim
As dores dos outros
Paixões alheias
Lágrimas de outros olhos
Trago para mim
Trago para mim olhares tristes
Gargantas secas
Corações oprimidos
Trago para mim
Esta dor que passa nas telas
Nas novelas
Nas vielas
Nas vidas alheias
Nos cantos escondidos
De ruas escurecidas
Trago para mim a tristeza da menina
Em seu abandono
Trago para mim a desilusão
Da mulher madura que perdeu o coração
Trago para mim o beijo amargo
Da despedida, da mordida
De lábio sangrando
Pr’a expurgar minha própria
Dor.
As dores dos outros
Paixões alheias
Lágrimas de outros olhos
Trago para mim
Trago para mim olhares tristes
Gargantas secas
Corações oprimidos
Trago para mim
Esta dor que passa nas telas
Nas novelas
Nas vielas
Nas vidas alheias
Nos cantos escondidos
De ruas escurecidas
Trago para mim a tristeza da menina
Em seu abandono
Trago para mim a desilusão
Da mulher madura que perdeu o coração
Trago para mim o beijo amargo
Da despedida, da mordida
De lábio sangrando
Pr’a expurgar minha própria
Dor.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Vago
A noite cai
Percorro nuvens na calda luminosa
Tateio, busco e encontro
O espaço, vago, profundo, confuso
Do meu desencontro
Penso, repenso, sem resposta
Sem clara luz do entendimento
Sem clara luz da compreensão
Perco-me neste vão momento
Do vago espaço à minha porta
Percorro milhas, atravesso
O universo
Volto ao mesmo ponto
Vago do meu consciente
Viro-me passo reverso
Torno-me indigente
Sem nexo, inverso
Da minha mente
Percorro nuvens na calda luminosa
Tateio, busco e encontro
O espaço, vago, profundo, confuso
Do meu desencontro
Penso, repenso, sem resposta
Sem clara luz do entendimento
Sem clara luz da compreensão
Perco-me neste vão momento
Do vago espaço à minha porta
Percorro milhas, atravesso
O universo
Volto ao mesmo ponto
Vago do meu consciente
Viro-me passo reverso
Torno-me indigente
Sem nexo, inverso
Da minha mente
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